“Se você olha do avesso, nem imagina o desfecho”

Você pediu, entre uma e outra lágrima, uma e outra curva, entre dois caminhos opostos, alguma mudança que fizesse sua vida inteira fazer sentido. Eu escutei o grito tímido que saiu do seu coração esburacado pelas escolhas que fez e, porque era choro sincero, atendi. Toda mudança incomoda, você sabia, mas pediu mesmo assim. E sabia também que toda luz arde os olhos de quem está na mais completa escuridão, mas implorou por algo que clareasse o rumo.

Precisei tirar de perto tudo o que te afastava da vida plena (não, isso não é utopia!) e dos sorrisos que eu tinha preparado para os seus dias. Retirar os espinhos dói, lavar as feridas arde e matar o que é ruim pra deixar nascer coisa boa assusta. Mas foi necessário e, veja só! Aí está você, finalmente é você. Não só as mudanças, mas tudo se encaixa, até o sofrimento.

Agora você tem a tarefa de se lembrar, então me deixa te dizer uma coisa: quando achar que não valeu a pena, quando quiser voltar para o breu de antes, quando desanimar, se olhe no espelho, observe as cores que você ganhou e lembra que eu te dei cada uma delas antes mesmo de pintar o arco-íris no céu.

Lembra que eu sou antes da sua tristeza, durante e depois e eternamente a sua alegria. Não dá mais tempo de olhar pra trás porque, assim como a morte, a vida é um caminho sem volta.

Então aperta o passo e firma o pé, que eu te levo na estrada. Se segura bem e espere para ver o que vou fazer com o ano que já, já chega.

(Ah, e se alguém tentar te fazer duvidar de qualquer coisa, qualquer coisa, se lembre, sempre se lembre, de que todas as coisas ainda cooperam para o bem de quem eu chamo de filho).

"Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam". 1 Coríntios 2:9

Por: Indhiara Souza (Rede Super)