O que realmente importa

 

Jesus sempre ensinou às pessoas a apreciarem aquilo que não é aparente. Como tudo que Jesus falava quebrava paradigmas, a novidade trouxe e ainda gera incômodo. Tanta inquietação é porque aprendemos desde criança a valorizar as aparências. Ninguém disse que beleza era o mais importante, mas não precisava, a vida falava por si só.

O mais bonito no colégio era o que tinha mais amigos, era o mais conhecido e estranhamente o mais “legal” de todos os “coleguinhas”. Aqueles que tinham mais dinheiro ganhavam mais respeito, eram admirados e visto por todos. Ninguém teve a ousadia para afirmar, mas os fatos gritavam essa verdade. E assim a sociedade se alicerçou sobre valores fúteis e frívolos. O aparente se tornou mais importante do que o invisível.

E Jesus veio daquele jeito manso, sentado em uma pedra mostrando que o maior dos tesouros não é um corpo perfeito, uma conta “gorda” no banco, mas o coração. Quem poderia aceitar essa verdade? O que mais importa está no lugar onde menos nos preocupamos.

Você já ouviu falar de oficinas para tornar as pessoas mais humildes? Academias para ser treinar a cordialidade e a gentileza, ou quem sabe um Spa onde as pessoas aprendam a ser mais generosas? Não consigo imaginar alguém que esteja disposto a criar lugares assim. A ideia de banners, outdoors, propagandas televisivas divulgando princípios que incentivem o bom coração é quase risível.

E se for esse o caminho que nos leva a salvação, para onde estamos indo com todos esses ideais? Quando você ficar velhinho e não tiver mais um “corpão” o que vai valer não são quantos elogios recebeu durante toda a vida, mas em quem você se tornou. Se os anos o fizeram ser um amante do espelho, agora você está sem assunto para falar e sem pessoas para compartilhar. Porque os mesmos que admiravam sua beleza, são os mesmos que depreciam a falta dela.

Queira crescer a ponto de não ser visto pelos holofotes, mas apreciado pelo Rei dos reis.

Por: Érica Fernandes