Nêmesis e a hipotética possibilidade do Segundo Sol

A olho nu não se percebe, mas estima-se que uma em cada três estrelas da Via Láctea tenha uma companheira. Se o número estiver correto, nosso Sol faria parte de uma minoria de estrelas. No entanto, algumas teorias afirmam o contrário e uma pequena estrela-irmã também estaria orbitando nosso Sol. 

Em 1980, astrofísicos estadunidenses levantaram pela primeira vez a hipótese de que o Sol também teria uma companheira, o que tornaria o Sistema Solar um sistema duplo de estrelas, a exemplo de Alpha Centauro. Essa hipotética companheira foi batizada de Nêmesis.


Segundo Sol
Segundo a hipótese, Nêmesis seria uma estrela pequena e escura do tipo anã marrom, com uma orbita milhares de vezes mais distante que Plutão e que levaria pelo menos 26 milhões de anos para completar uma revolução ao redor do Sol.

De acordo com alguns estudos, essa longa periodicidade faria a estrela atravessar eventualmente a Nuvem de Oort, arremessando para todos os lados milhões de asteroides ou cometas que poderiam se chocar contra a Terra. Na visão de alguns pesquisadores, mais ou menos a cada 30 milhões de anos ocorrem gigantescos eventos de extinção em massa, associados ao surgimento de uma grande cratera de impacto como a originada há 65 milhões de anos com a queda de um cometa seguida da possível extinção dos dinossauros.

Para os defensores da teoria de Nêmesis, essa seria uma das evidências de sua existência, mas a ausência de um campo gravitacional inequívoco ou crateras marcantes fez com que a possibilidade da existência do segundo Sol permanecesse apenas na teoria.

Telescópio Wise
Lançado em dezembro de 2009 com o objetivo de mapear o céu no espectro infravermelho, o telescópio espacial WISE talvez seja a esperança para encontrar Nêmesis. O telescópio já fez inúmeras descobertas importantes e detectou dezenas de novos cometas, mas a gigantesca quantidade de dados gerados ainda está sendo garimpado e a descoberta ou não da possível companheira do nosso Sol ainda poderá levar anos.

 

Fonte: Apolo 11