Quinze mortos em ataque durante cerimônia religiosa na Nigéria

 

Quinze pessoas morreram em um ataque durante uma celebração religiosa em uma igreja do nordeste da Nigéria, no mais recente episódio de uma série de ataques violentos praticados contra cristãos neste país africano, informou nesta segunda-feira uma autoridade nigeriana.

Este ataque ocorreu no domingo, no mesmo dia em que o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, se perguntou se os atentados islamitas contra locais de culto cristãos em seu país e outros atos de violência no mundo poderiam ser um sinal do 'final dos tempos', durante um discurso em uma igreja evangélica de Abuja.

Ainda não se sabe as circunstâncias exatas do novo ataque contra uma igreja registrado em uma região remota, mas segundo Mohammed Kanar, coordenador regional da Agência Nacional de Situações de Emergência, as vítimas foram mortas a tiros.

'Segundo informações de nosso pessoal em Chibok, agressores invadiram uma igreja durante a missa de domingo e mataram 15 pessoas', afirmou Kanar à AFP.

O ataque ocorreu depois de outro incidente similar na sexta-feira passada, quando um grupo de islamitas degolou 15 cristãos na mesma região nordeste da Nigéria, em Musari.

Musari e Chibok estão localizadas nos arredores de Maiduguri, reduto do grupo islâmico Boko Haram.

Citando os ataques contra as igrejas na Nigéria, a guerra na Síria e a crise na República Centro-Africana, onde uma rebelião armada assumiu o controle da maior parte do território, Jonathan referiu-se ao apocalipse. 'Seria uma forma clara de nos mostrar que o final dos tempos está muito próximo?', se perguntou o presidente nigeriano.

Jonathan discursou no domingo diante dos fiéis da congregação EYN, muito presente no nordeste do país.

Estima-se que os ataques do Boko Haram tenham deixado mais de 3.000 mortos na Nigéria desde 2009.

A Nigéria, o país mais populoso da África e um grande produtor de petróleo, está dividida entre o norte predominantemente muçulmano e o sul predominantemente cristão.

G1